JLA Revolution #2

Número Dois – Chamando Todos os Carros

Torre de Londres. Superman e Bat-Man.

- Por que seria um problema formarmos uma união?

- “Formarmos uma união”? Não estou falando de casamento, americano estúpido.

- Por que me ofende sempre que pode?

- É divertido.

Superman pousa ao lado de Bat-Man.

- Me fale mais sobre esta sua idéia.

- Estava investigando um caso que envolve tanto a Grã-Bretanha quando a colônia de vocês, e notei que isto está se tornando constante.

- Como quando derrotamos aquela família de trapezistas que assaltava os ricos?

- Exato. Então decidi formar uma espécie de Sociedade.

- Sociedade?

- Sim. Algo do gênero.

- E quando pretende começar?

- “Pretende começar”?

Bat-Man pula do alto, aterrisando dentro de seu veículo. Superman o acompanha.

- Superman, não penses que eu sou como seus ridículos vilões, saídos de filmes dos anos trinta. Já tenho o local de trabalho.

- E onde é? É um satélite? Uma caverna? Uma espécie de museu perto de um lago?

- Não seja ridículo. Eu sou realista.

~~

No meio do oceano, uma estrutura prateada reluz à luz do Sol. Parece uma plataforma de petróleo, porém com aparência mais futurista.

- O que é isto, Bat-Man? Muito chamativo para seu personagem, não?

- Isto vindo de um imbecil que se denomina um “super”?

Os dois caminham pelo local, todo equipado com a mais alta tecnologia.

- Esta será nossa base?

- Local de trabalho, sim. É imprescindível termos um.

- Sua presença aqui será constante?

- Tanto quanto seu nome nos dedos daquela repórter.

Superman e Bat-Man caminham pelo local, que possui alguns andares. O americano anda olhando para os lados, impressionado com a sede que o dinheiro de Bat-Man construiu.

- Então, como era essa equipe? Você será o líder?

- Pergunta imbecil...

- Você chamará mais pessoas?

- Não, seremos só nós dois. Posso colocar um título estúpido como Os Melhores do Mundo, que acha?

- Hmmm... quem você chamará?

- Chamarei aquele campeão, e aquela imbecil feminista seria interessante. Possui belas coxas. Preciso da sua ajuda para uma outra aquisição, e não estamos sozinhos.

- Não?

Os dois chegam a uma sala de estar, onde está sentado um homem que veste calça social, camiseta clara com uma blusa verde. Ele tem cabelo castanho e bem arrumado.

- Superhype, este é Harold Jordan. Harold Jordan, este é a mais nova versão homossexual do american way of life.

Os dois se cumprimentam.

- E qual o poder dele? Ou é um vigilante como você?

- Eu não sou um vigilante. Sou um cidadão preocupado que age. E Harold é um estudioso.

- Estudioso?

Bat-Man se afasta quando Harold se aproxima de Superman.

- Eu estudo metafísica, senhor Superman. Mais precisamente, estudo as equações das existências no universo.

- Equações das existências no universo?

Os três começam a andar em direção a um local com bules de chá e café, com xícaras e pires.

- Imagine, Superman, que tudo no universo é passível de questionamento até a mais profunda das equações de criação. Por exemplo: por que você não possui nenhuma fraqueza?

- Meu metabolismo...

- Agora eu questiono: será que, na verdade, sua fraqueza é a palavra “putrefação”.

Superman ajoelha no chão, sentindo várias dores.

- Aaaahhh...

- Calma, Superman... É só um questionamento. Putrefação.

Superman cai no chão, com as dores aumentando.

- Mas e se a palavra não existir?

Superman para de se contorcer e se levanta, olhando assustado para Harold.

- Bat-Man... onde você encontrou este sujeito?

- Ele faz parte da Sociedade de Lanternas da Metafísica. Não é adorável? Existe uma tropa deles, e recrutei o melhor.

Superman senta em um sofá, Harold em outro. Bat-Man fica em pé.

- Então, por enquanto somos nós três?

- Nós quinze.

- Quinze? Mas você nem chamou a feminista...

- Acredite: nós quinze.

Então, doze homens vestindo roupas vermelhas, como um uniforme, entram na sala, e cada um vai fazer alguma coisa, seja pegar uma xícara de café ou se esparramar em um dos sofás.

- De onde eles..?

- Nós quinze, Superman.

- Mas nós teremos soldados? Equipe de campo?

Um dos homens se aproxima do Superman. Enquanto isso, Bat-Man sai da sala.

- Me diga, Superman: quão rápido você consegue ser?

- Você não viu a campanha de celular? Sou mais rápido que uma bala!

- Sabia que existem pessoas que podem não ser tão rápidas, mas sim desacelerar a rotação do planeta em relação a seus corpos?

- Isto é impossível!

Onze dos doze homens desaparecem, subitamente. Só resta aquele que está próximo do Superman.

- Impossível é uma palavra muito feia, americano.

Bat-Man volta a sala, e Superman se levanta rapidamente.

- O que eu presenciei?

- Superman, este é Wallace Wesnick, nosso multiplicador de batalhão. Agora preciso da atenção de vocês no outro ponto aqui ao lado.

Harold se levanta.

- Algum problema?

- Depende. Você gosta de frutos do mar?