FOS (Fanfics Originais do Schias): Contagem Regressiva para a Chrise #08

quinta-feira, 6 de março de 2008

Contagem Regressiva para a Chrise #08

CONTAGEM PARA A CHRISE

8 - SUPER-HOMEM


Nota: esta história se passa depois do próximo arco de Liga da Justiça EVO.

Quem sou eu?
Até alguns dias atrás, eu conseguia responder sem parar pra pensar. Eu era Clark Kent, estudante de jornalismo e barman...além de super-herói. Um bebê kryptoniano cuja nave veio para a Terra pelo espaço normal, o que fez com que eu chegasse aqui uns 20 anos depois da explosão do planeta.
Podia até ser uma vida esquisita, mas era a minha vida. Eu gostava dela: um apartamento na Filadélfia, uma namorada linda, uma vaga na Liga da Justiça...e tudo ia bem.
Aí eu descobri, umas oito horas atrás, que "Clark Kent" era uma mentira.
A verdade é que eu sou um clone - ainda que com alterações genéticas - de um dos maiores canalhas da história: Lionel Luthor. Isso depois de quase matar pelo menos 500 pessoas, incluindo minha namorada, metade da Liga e mais alguns heróis de outras dimensões que vieram para nesta. O filho de Lionel Luthor estava me controlando, mas isso não me isenta. Quando consegui acordar e ver o que tinha feito, eu fugi....voei pro topo do Everest, onde poderia tentar entender tudo o que está acontecendo sem correr o risco de ferir ninguém.
Eu só não esperava encontrar alguém aqui...ainda mais ele.
- Eu só o deixei com os Kent há alguns meses...mas vejo que para você faz muito tempo.
Kal-El. O Superman original...o cara de quem Luthor copiou os poderes para me criar. Se considerarmos o histórico de traições de Lex Luthor, estou diante da única pessoa que pode me ajudar a descobrir quem eu sou e de onde vim.
Não sei se o abraço ou o esmurro. Penso na total falta de sentido dele simplesmente aparecer na minha frente, mas então lembro de todas as coisas estranhas que vêm acontecendo. Fico dois ou três segundos parado, enquanto o vento frio do topo da montanha balança nossas capas e faz metade do meu cabelo tentar a todo custo entrar na boca.
- Você me deve muitas respostas - digo afinal, com o indicador em riste na direção dele.
- Imagino que já saiba sobre Lionel Luthor - ele responde, tranquilo.
- É, sei como meus pais mentiram para mim. E imagino que a verdade seja escabrosa, já que "nós te encontramos numa nave que veio de outro planeta" foi a mentira que eles me contaram.
- Idéia minha, devo admitir - Kal-El responde, flutuando na minha direção - Pareceu um modo de explicar seus poderes...e seu DNA parte alienígena...sem correr o risco de revelar o projeto.
- Que proj...?
- Você não acha que um homem como Lionel Luthor se contentaria em ter um Super-Homem, acha? Os planos deles envolviam criar um exército de seres como você...clones dele, geneticamente modificados para ter meus poderes...e usá-los como armas contra os super-humanos.
- Isso é meio irônico, não acha?
- O quê?
- Clonar um super-herói e usar o clone para matar heróis.
- É, irônico. Cruelmente irônico. O tipo de coisa que eu sempre espero dos Luthors. Seja como for, eu descobri quais eram os planos de Lionel...e consegui detê-lo antes de terminar o projeto.
- Peraí, mas eu tô aqui! - respondo - Ele terminou o projeto.
- Criar o primeiro clone era só o começo. Ele planejava programá-lo mentalmente...fazer de você e dos que viriam depois seus servos fiéis. Felizmente, consegui impedí-lo pouco antes de decidir deixar o planeta. Um outro clone me acompanhou...e juntos singramos o espaço até que cada um seguiu numa direção. Foi a última vez que o vi, mas creio que esteja bem.
- E como eu fui parar numa fazenda no Kansas?
- Jonathan e Martha Kent me ajudaram quando cheguei à Terra. Pedi a eles que criassem você...que lhe contassem a história que você achava que esclarecesse sua origem.
- É agora que você diz "Foi pra te proteger, Clark"? - pergunto, sarcasticamente - Como eu vou saber se isso não é uma mentira tamb...
O mundo à minha volta se torna mais leve, como se fosse uma nuvem que é suavemente empurrada pelo vento. Kal-El, o Himalaia e o chão sob meus pés desaparecem, sendo substituídos por um infinito de água. Felizmente consigo me manter voando, mas não vejo qualquer traço de civilização até onde minha visão telescópica alcança. Como diz aquela piada, "essa de fazer a montanha sumir eu não conhecia".
Lembrando dos arquivos da Liga sobre o Aquaman, decido olhar para o fundo do oceano. Vejo uma civilização surpreendentemente desenvolvida, formada por estranhos seres azulados. Decido mergulhar para tentar descobrir onde foi parar o mundo.
Levo dois minutos para ir de oito quilômetros de altura a oito quilômetros de profundidade, tempo no qual encho meus pulmões de ar. Tão logo afundo, posso ouvir os pensamentos de toda a cidade na minha mente. É como conversar com J'onn.
"Um estranho!"
"Não cheguem perto! Pode ser radioativo!"
"Ora, não viram? Ele veio de além das águas! Poderia ter nos matado se quisesse!"
"Chamem o Grande Poeta!"
Sem me tocarem, sem dizerem uma palavra, eles me levam ao tal Poeta. Quando estamos nos aproximando, ouço uma voz cantando:
- Terra...planeta Água...

A SEGUIR: uma história confusa, brotha.

Um comentário:

Anônimo disse...

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