JLOST #22

22 : EXODUS

Randolph e Ted trabalham na jangada quando um homem se aproxima.

- É Theodore, não é?
- É...
- Escuta, Theodore, quando você pretende sair com essa jangada?
- Não sei, daqui a uma semana, talvez.
- Acho melhor não.
- Por que?
- Olha, vem aí uma temporada de ventos a sudonoroeste, e aí você não conseguirá chegar a lugar algum.

Guy se aproxima.

- E quem é você pra achar tudo isso?
- Olha, rapaz, eu sou o Dr. Stein, eu estudei isto.
- Tá... você deve ser um professorzinho de quinta série.
- É sério... olha, com esses ventos vocês não sairão daqui.
- Guy, deixa eu falar com o cara. Escuta, quando você recomenda que saiamos?
- Ora...o quanto antes!

Todos começam a olhar uma pessoa se aproximando. Harley sorri. Scott vai até ela.

- Beatriz? O que faz aqui?
- Os Outros estão vindo.


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- Mãe, como eu vou cuidar dele? Não me deixaram chegar perto por anos, e agora estou sozinho nisso! Tá, você pega a gente no aeroporto? Obrigado. Tchau.

Ted desliga o telefone e vai até o sofá onde Billy se mantém concentrado em um tamagotchi. Krypto só observa.

- Escuta, Billy... o nosso vôo é daqui a pouco, certo?

Billy se mantém concentrado.

- Certo... Isso que é conversa.

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Os sobreviventes estão perto de Beatriz. Pieter toma a palavra.

- Você disse que os “Outros” estão vindo?
- Isso mesmo.
- E como você sabe disso?

Beatriz aponta para um ponto onde se pode ver uma fumaça preta.

- Eu vi essa mesma fumaça quando roubaram meu bebê recém-nascido... quando mal chegamos à ilha. Eles estão vindo, e vocês só possuem duas opções: se esconder ou morrer.
- A escotilha.

Pieter olha para Bruce.

- O que?
- A escotilha. Temos de abrir a escotilha para colocar todos lá dentro.
- E vamos explodir com o que?
- Dinamite.
- E onde teria dinamite, Beatriz.
- Na Rocha Afro-descendente.

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Pieter se senta em um banquinho do bar do aeroporto.

- Uísque duplo, por favor.
- Que cara de enterro.

Pieter olha pro lado e vê uma moça.

- O que?
- Eu disse que você está com cara de enterro.
- Bom...chegando na América, vou enterrar meu pai.
- Sinto muito.
- Tudo bem. Pra isso serve o uísque.
- Certo...que tal tomarmos um drinque no avião?
- Eu topo.
- Bom, estarei no assento 42F.
- Certo, 42F. Ah, seu nome?
- Renée. Renée Montoya.
- Pieter. Pieter Cross.

Os dois se cumprimentam e Renée sai andando.

- 42F...

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Beatriz, Pieter, Kate, Harley e Bruce saem andando, quando Stein os alcança.

- Mas onde vocês vão?
- Pegar a dinamite.
- E por acaso algum de vocês sabe mexer com dinamite?

Todos ficam em silêncio.

- Foi o que eu imaginei. Eu vou junto.
- Olha, professor...
- Escuta, eu sei que vocês montaram esse “clubinho”, mas vão todos se explodir desse jeito.
- “Clubinho”?
- É. Clubinho...

Pieter vê Guy.

- Vão andando.

Pieter vai até Guy.

- Estão de saída?
- É, logo mais vamos pro mar, doutor.
- Certo... Bom, tome isto.

Pieter passa uma arma para Guy.

- Mas por que..?
- Nunca se sabe o que vocês encontrarão pelo caminho, então é bom prevenir.
- Certo. Obrigado, doutor. Boa sorte.
- Pra vocês também.

Os dois se cumprimentam e saem andando.

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- Você será levado de volta para os Estados Unidos e não poderá mais pisar em solo australiano. Estamos claros, senhor Rayner?
- Claro feito água.
- E você tem idéia do motivo, certo?
- Certo. Eu bati em um mané no bar.
- Não era apenas um “mané”! Era nosso Embaixador na Tanzânia!
- Ah, que seja!

O delegado e os guardas levam Guy, enquanto Tora bebe um suco e um homem se aproxima.

- Posso me sentar aqui?
- Claro.
- Obrigado.

O homem se senta na mesma mesa de Tora.

- Você parece nervosa.
- Primeira viagem de avião. Vou para os Estados Unidos.
- E vai viajar prestes a dar a luz?
- Meu médico deixou. Eu só espero que a viagem não tenha turbulência.
- Fica tranqüila, o vôo promete ser tranqüilo.
- Como você sabe?
- Vôo 815, LexAir, certo?
- Certo.
- Pois é, eu sou o piloto. Prazer, Grasshopper.
- Prazer, Tora.
- Certo, Tora, então farei um vôo bem calmo pra você.

Tora sorri.

- Obrigada.

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O grupo chega no navio chamado Rocha Afro-descendente.

- Bom, já que vocês já chegaram até aqui, não precisam de mim.

Beatriz some repentinamente.

Eles chegam perto do navio.

- Um navio no meio da ilha...
- Acho que estão ali.

Kate e Pieter vão até duas caixas onde se lê “DINAMITE – CUIDADO”.

- Cuidado, vocês dois!

Os dois olham para Stein.

- Precisam trazer as caixas com MUITO CUIDADO.

Kate e Pieter cuidadosamente levam as caixas para fora, abrem uma delas e vêem as bananas de dinamite.

- Certo, agora me dêem um pano molhado. Rápido!

Bruce molha um pano e o passa para Stein, que vagarosamente pega uma das bananas.

- Certo, é preciso muito cuidado aqui, ok? A dinamite é perigosa porque é instável e pode...

Stein subitamente explode com a banana. Pedaços dele voam por todo lado.

- Cara, isso foi nojento.
- Pelo menos já sabemos como não pegar a dinamite. Vamos.


**

Tora se aproxima de Rick.

- A balsa já está quase partindo.
- Certo.

Os dois se aproximam do mar, de onde a jangada está partindo com Ted, Billy, Guy e Randolph. Todos se abraçam, e os quatro entram na jangada e partem. Krypto tenta nadar atrás deles.

- Não, Krypto! Volta! Volta, Krypto!

Krypto então começa a nadar de volta.

A jangada parte.



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