JLA REVOLUTION
Número Um – Chamando o Batalhão
Necrotério de Londres. Um homem passa correndo, atravessando os corredores assépticos, até chegar em um local de necropsia, onde um rapaz o aguarda próximo ao corpo de uma mulher.
Aliás, que maravilha as fanfics! Este intrépido autor pode escrever em qualquer idioma, já que todos serão relatados aos leitores na língua portuguesa, com suas devidas adaptações para os costumes brasileiros, incluindo aqui o gerúndio. São mantido o modo de falar e o humor costumeiros de cada personagem.
Claro que aqui, por se tratar de Londres, os personagens originalmente conversam no idioma inglês original. Ainda teremos a língua inglesa com diversos sotaques, além de outros idiomas.
Agora, voltemos ao necrotério.
- Vim assim que pude.
- Lento como sempre.
- Jovem a moça.
- Os bons morrem jovens. Os idiotas também.
- Deixe de ser ranzinza. Morreu do que?
- A julgar pelo braço que falta e pela poça de sangue que ficou em seu apartamento? Pensei em preencher com ataque cardíaco.
- Ela teve o braço cortado e acabou...
- Sangrando até morrer. Sim. Mas tudo indica que ela cortou o próprio braço.
- Mas por que haveria de fazer isso?
- Não sei, mas me dê dez minutos que eu consultarei a Sala Espírita. Melhor, quinze.
- Temos uma Sala Espírita..?
~~
Central da Polícia de Londres.
Papéis e mais papéis inundam a mesa de madeira maciça. Mesa esta que porta um indicador de quem a usa: Comissário James Paul McGordon.
- Diabos! Cortou o braço? Que sangria desatada esta!
James desliga o telefone com raiva, sem notar como se mexem os pelos de seu bigode quando o vento bate da janela recém-aberta.
- Intrigante a intervenção inútil desta instituição.
- Bat-Man! Que diabos! Assustas a qualquer um assim!
- Caro Comissário, cumprimento o camarada como cômodo. Entretanto, estou entretido com esta expressão de raiva. Que houve?
- Quatro pessoas na última semana, Bat-Man. Quatro que serraram seus membros e acabaram mortas. Quatro. Qual o sentido nisto?
- Sem sentido segue a sociedade, sabendo, sobretudo, suas solenidades sutis e o sabor salgado de sangue.
- Agradeceria se evitasse estas frases. O fato é que não temos noção do que fazer.
- Eu tenho.
A janela para de soprar o vento, quanto James percebe que está sozinho.
~~
Hospital Psiquiátrico Sr Mary´s
- Ele se dizia um controlador, doutor.
A enfermeira e o doutor andam apressados, chegando até um homem morto, de bruços no chão, com as costas abertas e a espinha dorsal estirada na vertical.
- Cristo!
- Eu avisei que era forte, doutor.
- Disse que ele foi morto pelo mais calado da turma?
- Sim, aquele senhor de meia idade. Seus óculos são fortes e mal compensam o alto grau de deficiência que possui na vista. Como ele faria mal a alguém?
- Bom, fez. Ele quis ser o mestre desta marionete, pelo visto.
- O que eu faço com tudo isto?
- Quero a equipe de limpeza imediatamente. Removam tudo.
- Sim, Dr. Crane.
~~
Em um castelo nos arredores de Londres, o jardim cheio de verde toma conta da vista de qualquer janela. Poucos viram nos últimos tempos os moradores deste local.
Em um salão, um homem de cerca de trinta anos caminha em direção a uma câmara, que possui diversos monitores com informações diferentes um do outro. Um senhor, de cerca de cinqüenta anos, chega na câmara pouco depois.
- Senhor?
- Sim, Alfred?
- Creio que ficarás entretido em seus estudos por algum tempo.
- É necessário. Por favor, vá até meus aposentos e cubra as partes íntimas da minha hóspede.
- Outro súbito instinto animal?
- Infelizmente, isto me custará mais algumas rosas. Por favor, as providencie para que a senhorita pense que eu me importo.
- Mas é claro, senhor.
Alfred sai, deixando o homem concentrado nos monitores, que mostram as fotos das necropsias das quatro pessoas relatadas pelo Comissário McGordon. Seus dedos rápidos inserem informações de busca em seus sistemas, e a busca leva a outros arquivos.
- O que..?
Um dos monitores mostra imagens de outras pessoas, também com membros cerrados. Os relatórios anexos indicam seus locais de origem.
- Maldição. A América está envolvida nisto. Preciso chamar aquele paspalho.
~~
Torre de Londres, meia hora depois.
O homem, agora devidamente trajado com sua roupa preta, seu capacete, seus acessórios e sua capa que o envolve quase que por completo, deixa o pouco que há de seu calor ir no vento frio da noite, até que sente o vento aumentar por alguns instantes.
- A menos que tenha conhaque contigo, sua presença não me alegra.
- Ranzinza como sempre, Bat-Man?
Na sua frente flutuava um homem de roupa toda azul, com botas e luvas vermelhas e um símbolo vermelho e branco no centro do peito. Um S. Sua capa, também vermelha, tremula como bandeira no vento.
- Me chamou?
- Não. Te convoquei, imbecil. É diferente.
- Está certo, me convocou. O que há de tão urgente?
- Se você não teve tempo de dar autógrafos para crianças com câncer, o problema não é meu. Surgiu um problema.
- Qual?
- Precisamos nos unir.
SELO: Multiverso Revolution
EDITOR: Mad Max Andrade
domingo, 19 de agosto de 2007
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